Juliana Moro Medeiros, 21 anos, foi à festa com o namorado Vinícius Mello, 20 anos, que também morreu
A morte de uma colega da Brigada Militar (BM) fez com que as 16 guaritas de salva-vidas de Capão da Canoa, no Litoral Norte, decretassem luto por três dias. Uma fita preta foi amarrada na tarde de domingo no mastro que suporta a bandeira que indica as condições no mar.
A atitude foi tomada em solidariedade aos 231 mortos no incêndio na boate Kiss, de Santa Maria, mas em especial a uma colega de corporação. Juliana Moro Medeiros, 21 anos, iniciou recentemente a carreira na Brigada Militar. Seu maior sonho era zelar pela segurança e proteger a vida da comunidade. Acabara de passar no concurso público da corporação e tinha aulas na escola de soldados da BM em Montenegro.
A jovem é de Santa Maria, onde chegou a cursar um semestre de tecnologia de alimentos na universidade federal. Estava na festa acompanhando o namorado Vinicius Silveira Marques de Mello, 20 anos, que também morreu no local.
O capitão Isandré Antunes, comandante dos salva-vidas de Capão da Canoa, diz que era instrutor da menina no curso e que a atitude é o mínimo que podem fazer para aplacar a dor.
— É uma manifestação silenciosa. Hoje não tem como ser um dia normal. Estamos todos sofrendo por ela e por todos os jovens que perderam a vida de forma tão estúpida. Vamos manter a fita até terça-feira — diz o capitão, que não conseguia esconder a emoção ao lembrar da simpatia e da garra da aluna.
A Operação Golfinho disponibilizou, no domingo, 12 bombeiros que trabalhavam como salva-vidas no Litoral Norte para ajudar nos trabalhos em Santa Maria. Eles já retornaram ao Litoral.
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